Há certas ocasiões
Em que a escrita me sai
Jorrando em mim aos montões;
Mas também há outros dias
Em que emudece e se esvai
E nada pra fora sai…
Não me saem poesias
Nem prosas querem sair
Parecem estar a dormir
À espera de um despertar
Que as faça acordar
E eu comece a poetar…
Mas noutras fases da vida
É-me tão fácil rimar
Descrever a dor sentida
A alegria reprimida
E a tristeza sentida
Que guardo no meu pensar
Que escondo no meu cantar
À espera de um futuro
De um desmoronar de muro
Que me faça então viver
O que eu só sei sonhar…
(Felipa Monteverde)
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