Deitei um dia ao mar o meu sorriso
a ver o que trazia na maré
a ver se me trazia o sal que piso
nas lágrimas de um mau sonho que não é
senão o verbo amar desconjugado
senão a solidão e a desventura
trazidas na maré de um mau-olhado
que à costa deu sem forma ou figura.
E o meu sorriso nadou em negras águas
subiu às ondas, derrubou marés
mas perdeu-se por fim nas minhas mágoas
trazidas na ignorância de quem és:
se és sonho ou navio ou futuro
se és assombração ou alegria
se és sonho mau em que me aventuro
ou simplesmente pura fantasia...
(Felipa Monteverde)
1 comentário:
ilusões vivemos constantemente, através (muitas das vezes) de pessoas que nunca esperaríamos... amigos, amores...
tenho tão poucas vivências, mas acredita, muitas desilusões... mas por um lado ate agradeço, ate porque é uma maneira de abrir os olhos para vida e de ver a realidade como ela é.
beijinhos
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